Segurança de Dados

TI na Prática: Como Garantir Segurança ao Migrar de Fornecedor

Profissional de TI avaliando segurança durante migração de fornecedor com gráficos e cadeados digitais na tela

Trocar de fornecedor de TI não é como trocar de fornecedor de papel ou café. Não mesmo. O processo traz um punhado de dúvidas legítimas, desde o medo de brechas de segurança até a preocupação com a continuidade das operações. E no fundo, toda essa tensão é natural. Afinal, você está confiando dados, operações críticas e muito do futuro da empresa nas mãos de outro parceiro.

Se você já sentiu um frio na barriga só de pensar em migrar para um novo fornecedor de tecnologia, saiba que não está sozinho. Este é um dos momentos mais sensíveis – e arriscados – da gestão de TI. O objetivo deste artigo é te ajudar a trilhar esse caminho, apresentando métodos práticos, pontos de atenção e exemplos reais de como conduzimos esse processo aqui na Altcom, usando experiência de quem está há duas décadas no mercado e colocando em prática a metodologia Altcom 365.

Mude de fornecedor, mas não abra mão da segurança.

Por que migrar ainda assusta tanto?

Pense rápido: o que mais te preocupa na troca de fornecedor de TI? Brechas? Vazamento de dados de clientes? Perda de controle das operações? Interrupções nos sistemas?

Essas preocupações fazem sentido. Segundo um estudo da MacSolution, 61% das empresas relataram violações de terceiros nos últimos doze meses. Só 46% delas tomaram medidas depois de identificar riscos. E um detalhe chama atenção: 80% dessas violações estavam relacionadas ao armazenamento em nuvem.

É verdade, há riscos. Mas migrar de fornecedor também pode ser um passo para garantir mais segurança, desde que a decisão seja tomada com critérios e a migração bem conduzida. E aqui vem o ponto: como fazer isso?

Ilustração de duas empresas conectando servidores em nuvem em um escritório corporativo moderno. Os maiores medos na migração de TI

Não importa o tamanho da empresa. Trocar de fornecedor quase sempre desperta dúvidas como estas:

  • Risco de violação dos dados: Será que o novo parceiro sabe proteger minha base de clientes?
  • Perda de controle operacional: Vou conseguir acompanhar tudo ou vou ficar refém de contratos obscuros?
  • Falhas na continuidade: Meus sistemas vão rodar sem queda ou vai ter interrupção?
  • Ataques cibernéticos neste período delicado: O que fazer diante do aumento dos ataques de ransomware no Brasil? (Segundo a Computer Weekly, 57% das organizações brasileiras sofreram ataques em 2023!).
  • Desorganização e perda de histórico: Vai se perder documentação, registros e customizações feitas ao longo dos anos?

Esses medos justificam o cuidado. Mas não devem paralisar – e sim orientar os critérios de escolha, o desenho do contrato e os passos da migração.

Como avaliar a confiabilidade do novo fornecedor

O segredo está em não confiar apenas na palavra. Uma estrutura de avaliação robusta precisa de métodos claros:

Checagem de reputação

Converse com outros clientes do fornecedor. Procure avaliações públicas, participe de fóruns e peça referências. Uma dica pessoal: nem sempre um grande nome tem uma reputação à prova de falhas. Transparência real pesa mais que campanhas de marketing. Use fontes como registros de reclamações, cases detalhados e visitas técnicas ao fornecedor, sempre que possível.

Certificações e comprovantes técnicos

Peça (e verifique!) certificações reconhecidas no mercado, como ISO 27001 para gestão de segurança da informação ou Microsoft Certified Partner, se o foco for produtos Microsoft. Aqui na Altcom, por exemplo, buscamos renovar periodicamente nossos certificados e atualizações de compliance, mostrando compromisso público com práticas seguras.

Políticas de segurança comprováveis

Solicite as políticas escritas do fornecedor: como são os acessos internos, horários, controle de senhas, processos de backup, plano de resposta a incidentes. Leia com calma – muitas vezes, os detalhes mostram se a política é praticada ou existe só no papel.

Contratos e SLAs claros

Evite contratos simplistas demais. Um bom SLA (Acordo de Nível de Serviço) define prazos de resposta, medidas preventivas, formas de reporte e consequências por descumprimento. Prefira contratos com métricas objetivas. Uma dica extra: avalie a possibilidade de incluir auditorias independentes e revisões periódicas, abrindo as portas para avaliações externas reais.

Histórico de incidentes e auditorias

Não tenha medo de perguntar sobre incidentes anteriores. Ouviu falar em vazamento recente? Cheque as causas e como a situação foi tratada. O fornecedor está aberto a auditorias de rotina? Isso é sinal de maturidade e confiança – não o contrário.

Confiança, quando se trata de TI, se mostra nos detalhes – e na disposição de compartilhar informação.

Passo a passo da transição segura

Nem toda migração segue o mesmo roteiro, mas, na maior parte dos casos, há uma sequência lógica:

  1. Planejamento conjunto Reúna lideranças de ambas as empresas. O novo fornecedor precisa conhecer o ambiente que irá assumir e medir riscos. Documente tudo: sistemas críticos, integrações, fluxos de dados, históricos.
  2. Mapeamento de riscos e pontos de vulnerabilidade Identifique quais serviços ou dados apresentam riscos elevados durante a transição. Peça que ambos os fornecedores assinem termos de responsabilidade e confidencialidade reforçados nesse período.
  3. Definição de governança e controle Esclareça quem é responsável por cada dado, sistema e aplicativo em cada etapa. Não confie só na palavra: escreva e valide este plano de governança.
  4. Implementação de barreiras de proteção Use criptografia, sistemas de monitoramento e backups verificados. Audite permissões, reduza acessos desnecessários e monitore operações fora do comum.
  5. Execução da migração, etapa por etapa Migre primeiro os sistemas menos críticos, testando todo o processo. Só avance para bases sensíveis depois de garantir a segurança nessa etapa inicial.
  6. Validação total com testes e simulações Simule ataques (ou faça testes de vulnerabilidade, como descrevemos neste guia prático sobre pentest) e valide que as operações continuaram seguras durante as mudanças.
  7. Revisão final e encerramento do ciclo do antigo fornecedor Certifique-se de que não restaram acessos ativos do fornecedor anterior, e que os dados antigos estejam protegidos por log e registro.

Migrar, assim, deixa de ser salto no escuro. Vira rotina organizada, baseada em evidências, com a segurança sempre em primeiro plano.

Pessoa analisando relatórios e gráficos sobre fornecedores de TI em uma tela de computador. Tecnologias que ajudam a proteger a migração

A adoção de ferramentas modernas pode fazer toda a diferença. Segundo a Varonis, empresas que usam inteligência artificial e automação de segurança detectam e contêm violações 27% mais rápido. Veja algumas tecnologias que podem ser incluídas:

  • Ferramentas avançadas de backup e recuperação;
  • Monitoramento ativo de redes, com alertas automáticos para comportamentos fora do padrão;
  • Soluções de criptografia ponta a ponta para dados sensíveis;
  • Automação de concessão e revogação de acessos;
  • Auditoria de logs centralizada.

No caso da Altcom, por exemplo, todo projeto de migração segue um protocolo específico que combina revisão manual dos acessos críticos, remoção de acessos remotos, troca de senhas e acessos remotos. Isso reduz riscos e torna o processo mais transparente para o cliente.

Dicas validadas para proteção de dados durante a migração

Não existe fórmula mágica, mas algumas dicas, testadas por especialistas, ajudam a diminuir riscos:

  • Crie um inventário detalhado de todos os dados e sistemas que serão migrados;
  • Implemente criptografia de ponta em todos os dados transferidos;
  • Use ambientes de teste antes da migração real: simule cenários de falha, ataque e restauração;
  • Não dispense backups completos (de preferência, imutáveis e offline);
  • Registre quem acessou o quê, quando e como durante o processo inteiro;
  • Confirme a destruição segura de dados que não forem migrados;
  • Deixe canais de comunicação abertos e rápidos entre todas as equipes envolvidas.

O papel dos contratos, SLAs e auditorias

Muita gente acha contrato um detalhe, mas ele é seu maior escudo. Um SLA bem escrito garante prazos, níveis de serviço e obriga o fornecedor novo a seguir políticas muito bem estabelecidas (incluindo multas ou ajustes caso algo saia do previsto). Insista em cláusulas sobre atualização tecnológica, resposta a incidentes, backup, retenção e restituição de dados.

Nunca subestime a força das auditorias, sejam internas ou externas. Estudos da ITDS Portugal mostram que o custo médio de um ciberataque para empresas chegou a US$ 5 milhões em 2023. Alguma dúvida de que cláusulas que preveem auditorias e compliance ajudam a proteger seu caixa?

Outra questão polêmica é a confidencialidade, ainda mais para quem usa serviços em nuvem. Um dado do estudo da APDC aponta que 92% dos profissionais de TI não têm certeza se suas empresas estão preparadas para garantir serviços seguros na nuvem. Isso só reforça: contratos e SLAs precisam desenhar o que deve ser feito, não apenas o que não pode ocorrer.

Casos reais e aprendizados do mercado

Já acompanhou alguma empresa que perdeu parte do seu histórico de TI por não validar um backup antes da migração? Ou que viu dados de clientes expostos por não rescindir contas e permissões ativas do fornecedor antigo?

Infelizmente, são situações corriqueiras. Mas, também vejo exemplos positivos. Empresas acolhendo protocolos robustos antes de migrar, estruturando planos de reversão, comunicando interna e externamente as mudanças, e preparando as equipes para acelerar uma resposta em caso de incidente. Não é à toa que escrevemos um guia completo sobre migração de sistemas e dados para nuvem.

Na Altcom, já vimos negócios que nos buscaram depois de situações traumáticas com fornecedores antigos, justamente por não terem atentado a pontos como governança, auditorias e visibilidade total das operações. Isso serve de alerta para não negligenciar cada etapa desse processo.

Equipe de TI reunida planejando transferência segura de dados em sala de reunião. Checklist prático para migração segura

Não pule etapas.

  • Faça checagem de reputação cruzando fontes distintas;
  • Cobre certificações atualizadas e documentação de políticas de segurança;
  • Negocie contratos que detalhem SLAs, auditorias e responsabilidades nos mínimos detalhes;
  • Desenhe um plano de governança claro;
  • Implemente criptografia, monitoramento e backup imutável;
  • Teste a migração com simulações; só então faça no ambiente real;
  • Registre todos os acessos e revise permissões após a migração;
  • Prepare um plano de contingência e reversão;
  • Audite o encerramento do ciclo do fornecedor antigo para evitar acessos indevidos futuramente.

Conclusão

Trocar de fornecedor de TI requer atenção, transparência e preparação. Pode até ser trabalhoso – e talvez pareça desgastante e burocrático no início. Mas seguir etapas bem definidas, checar reputação, exigir políticas de segurança comprovadas, negociar contratos detalhados e usar tecnologia de ponta é o caminho mais sensato para proteger o que realmente importa: os dados, os processos e o futuro do seu negócio.

Se você quer se aprofundar nos métodos mais eficazes para transição segura e já busca um parceiro consolidado, experiente e transparente, conheça a Altcom. Com nosso método Altcom 365, ajudamos a tornar a migração de fornecedores mais tranquila, segura e sem surpresas desagradáveis. Venha conversar com nosso time e descubra porque a nossa história é diferente em cada detalhe – e como podemos ajudar a sua empresa a crescer sem medo.

Perguntas frequentes

Como garantir segurança na troca de fornecedor?

A segurança se garante com planejamento detalhado, escolha criteriosa do fornecedor (checando reputação, certificações, histórico), contratos claros com SLAs rigorosos e políticas de segurança auditáveis. Use criptografia nos dados migrados, monitore sistemas durante o processo e audite todos acessos para garantir não haver brechas. Além disso, invista em testes de segurança, como os testes de vulnerabilidade, antes, durante e depois da troca.

Quais riscos ao migrar de fornecedor?

Os riscos mais comuns incluem vazamento de dados, interrupção dos serviços, perda de histórico operacional, falhas em integrações, ciberataques (especialmente ransomware) e acessos não autorizados pelo fornecedor antigo. Segundo dados da MacSolution, ameaças à segurança aumentam muito durante períodos de migração. Por isso, reforçar controles é fundamental.

O que considerar antes de migrar TI?

Avalie primeiro a reputação do novo fornecedor, analise políticas e histórico de incidentes, confira se manterá integridade operacional e se há compatibilidade tecnológica. Negocie contratos com SLAs e defina claramente responsabilidades. Faça backup completo, documente todo o processo e comunique os envolvidos. Use materiais como nosso guia de migração de sistemas para nuvem para apoiar o planejamento.

Como proteger dados durante a migração?

Implemente criptografia ponta a ponta nos dados transferidos, limite acessos apenas ao necessário, registre logs de todas operações, realize backups imutáveis antes de migrar e faça testes rigorosos em ambientes controlados antes da migração real. Se possível, use soluções automatizadas de detecção de anomalias e mantenha canais de comunicação ativa entre todos os atores do processo. Conte também com parceiros qualificados, como a Altcom, para desenhar a segurança em cada etapa.

Migração de fornecedor é realmente segura?

Pode ser segura, sim, quando conduzida em etapas bem planejadas, com tecnologia adequada e contratos completos. Mas depende do comprometimento do fornecedor, da existência de políticas de segurança praticadas de verdade e da maturidade da gestão de TI na empresa. A segurança não está só na ferramenta, mas no cuidado com o processo e no acompanhamento constante depois da migração. Por isso, a escolha do parceiro faz toda a diferença.

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